terça-feira, 24 de agosto de 2010

Corações sujos

Cigarros, bebidas, putas bêbadas, não concordo com a minha TV, derrubo mais dois pratos de macarronada da semana passada, rock, underground, mais vinho, ônibus, carros, Av. São João, aqui estou eu, cinemas históricos, sangue sujo em um poste afiado pelo churrasco grego, cuspo mais duas vezes no chão.

Um mendigo declara mais um grande dia para se perder em seus sonhos, recrio mais algumas belas cenas de cinema cult, a velha gorda na Praça da República dá algumas migalhas aos pombos, ou melhor, ratos com asa, restos mortais da esperança e a beleza desta São Paulo, mais um ônibus, desta vez ele não conseguiu parar no ponto.

A brasa do cigarro da esquina está caindo, mais uma sujeira naquele chão, uma sujeira de cinzas, fora daquele lixo humano, pessoas sem família, não que isso seja um pecado, mas negar o que é de sangue talvez seja sujo, não posso julgar, são apenas superstições de uma país criado por isto, água, mais água, começou a chover para lavar a alma dos sujos da Terra da Garoa.

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